Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
02 dezembro 2017

O dia em que morri no show do Sigur Rós

postado por Manu Negri

Fotos do post tiradas pelo talentoso amigo Fabricio Vianna
Nesses últimos 13 anos em que esperei por um show da minha banda favorita, imaginei várias coisas. Um anúncio de turnê deles no Acre. Uma rápida aparição em algum desses festivais de música que nunca tenho interesse em ir. Trocentos boatos de uma volta ao Brasil, como aconteceu. E, também, um grande silêncio junto de roteiros de viagem pra Islândia, o que seria minha última aposta pra, um dia, poder ver o trio de perto.

Minha sorte mudou no começo deste ano. Eu não estava preparada pra receber a notícia de um show do Sigur Rós no Brasil, mais precisamente em São Paulo, a uma hora de voo de onde estou. Acho que foi um dos momentos mais empolgantes da minha vida. Meus braços formigaram. Saí da minha sala de trabalho em direção à varanda pra espalhar as boas novas via telefone, quase em lágrimas.

Nunca tive muitos sonhos ambiciosos. Ou melhor, nunca tive muitos sonhos, desses que colocamos como meta pra realizar antes de morrer. Mas ver Jónsi, Orri e Georg juntos a poucos metros de mim era um deles. Minha história com a banda começou na adolescência, quando eu costumava dormir de madrugada escutando música, conversando com amigos no finado MSN, descobrindo coisas sobre o mundo e sobre mim. Quando dei play em Untitled #4, do álbum ( ), foi amor à primeira ouvida. Um tipo de som que eu nunca tinha experimentado antes, tão envolvente e absorvente, que dispensava traduções de quaisquer letras em islandês. Era apenas preciso sentir. Naqueles tempos, em que eu ainda me considerava religiosa, dizia que ouvir Sigur Rós era ouvir Deus cantando.


22 junho 2017

Existem poucos vocais como o da London Grammar

postado por Manu Negri


 [screaming in indie language]

Essa história de amor começou quando eu ainda não fazia parte da história de amor. Em 2009, uma deusa chamada Hannah Reid conheceu Dan Rothman nos dormitórios da Nottingham University, na Inglaterra, onde começaram a escrever músicas juntos. À felicidade desse encontro, foi adicionada a presença do multi-instrumentista Dot Major, que veio moldar a banda London Grammar como a conhecemos hoje.

Foi só em 2012 que a popularidade do trio ganhou contornos sérios, com o lançamento do maravilhoso single Hey now, que rapidamente embolsou uma legiãozinha de seguidores cult. Nesse meu primeiro contato com eles, Hey now foi uma dessas músicas que escutamos repetidamente por semanas, sem enjoar. Fiquei completamente encantada com a voz da Hannah, que acredito ser algo muito peculiar num mar de artistas e bandas com vocais femininos jovens (apesar de lembrar a voz da Florence Welch, da Florence + the machine); é um timbre grave e suave ao mesmo tempo, mas com uma força que parece sair sem esforço algum da boca dela (dê uma olhada nas apresentações ao vivo). Não sei se a Hannah é contralto ou mezzo-soprano, mas sei que a bicha alcança lindamente tanto tons baixos quanto altos, que soam igualmente agradáveis. Pra mim, a segurança vocal dela é onde reside a grande potência de London Grammar, apesar de os garotos mandarem muito bem no trabalho de harmonia, com instrumentos de corda, piano, teclado e umas batidas eletrônicas. É impossível eu não aumentar o som do meu Spotify. 


12 agosto 2016

Não consigo parar de ouvir Tall Heights

postado por Manu Negri


Mais uma dessas preciosidades que o Descobertas da Semana do Spotify nos proporciona: Tall Heights, uma banda? uma dupla? de folk progressivo formada pelos amigos de infância Tim Harrington e Paul Wright. Isso que é boy (magia) band.

E não faço ideia do que seja folk progressivo, mas é assim como se denominam.

Harrington, vocal e violão, e Paul, vocal e violoncelo, fundaram a Tall Heights em 2010, em Boston. Antes de saírem tocando pelas ruas da cidade, os dois costumavam compartilhar ideias de letras e melodias enquanto um ainda morava no exterior e o outro terminava a faculdade. Hoje, o hábito de compor separadamente e depois sentar para conversar permanece. Ambos valorizam a simplicidade das suas canções bem despojadas (EU TAMBÉM), que, além de seus instrumentos de corda, também são marcadas pela bateria eletrônica. O som, apesar de atual, me fez lembrar um pouco Simon & Garfunkel, especialmente pela combinação dos vocais.

Três sessões de gravação no Color Study, em Vermont, renderam músicas para o EP de 2015 Holding On, Holding Out e para o álbum Netuno. Particularmente, ando ouvindo Two blue eyes sem parar nos últimos dias e deixo a dica pra vocês. ♥


05 abril 2016

TAG: 20 músicas

postado por Manu Negri



Não sou de trazer tags/memes compartilhados na blogosfera, mas achei tão legal esse encontrado no blog Lua Vai que resolvi abraçar o desafio. :D


1. Música favorita: Untitled #4 – Sigur Rós



Música favorita da vida, da banda favorita da vida, como eu já disse aqui. Conheci Sigur Rós em uma época da minha vida em que eu estava descobrindo tudo sobre mim mesma, conhecendo gente maravilhosa, aprendendo, refletindo, e Untitled #4 marcou muito. Quem assistiu Vanilla Sky talvez se lembre dela tocando na última cena.

Curiosidade: o álbum ( ), cujo encarte é completamente isento de textos, contém 8 músicas, todas sem título e cantadas em "esperancês"– um idioma inventado pela banda que mistura islandês com sons aleatórios.


2. Música que mais odeia: Hotline bling – Drake



Difícil encontrar no meu arquivo mental a música que MAIS ODEIO NA FACE DA TERRA. Tem muitas que odeio. Mas, no momento, eu simplesmente não suporto escutar essa do Drake. É tocar na rádio que eu mudo de estação. E o pior é que, mesmo a odiando, ela gruda diabolicamente na cabeça.


16 março 2016

Noahs: banda indie folk brasileira da boa!

postado por Manu Negri


Noahs é um desses presentes que o Spotify nos dá: conheci as músicas num desses Descobertas da Semana da vida e, como se o som não fosse o suficiente pra me apaixonar, descobri que a banda é brasileira.

Depois de morarem alguns anos em uma cidade do Canadá, os irmãos Murilo e Danilo Brito voltaram para o Brasil, mais precisamente para Florianópolis, se juntaram com Bruno Bastos e fundaram a Noahs. Com letras em inglês, as (até o momento) 5 músicas da banda, do EP Cedar & Fire, têm uma sonoridade muito gostosa, com arranjos de uma qualidade incrível, que me lembraram um pouco The Lumineers.

Juntando-se à guitarra, bandolim, violão e baixo, chegou a bateria do quarto e recente integrante da banda, Felipe Hipólito. O nome, Noahs, veio da percepção de que alguns cantores e bandas que eles curtem trazem animais em seus nomes artísticos, como Boy and Bear e o Sea Wolf. E Noahs, "noés" em português, significa aqueles que acolhem os animais. Bacana, né?

Na fanpage do Facebook, os mocinhos antecipam novidades do próximo EP. Enquanto isso, aproveita que o primeiro lançamento está todo disponível no Spotify e solta o som. Eu gostei tanto dele que não consigo nem indicar uma canção preferida, mas, com algum esforço pensando, vai lá: Catching stars.



19 agosto 2015

Um relacionamento com início, meio e fim no álbum "Queen of clouds", da Tove Lo

postado por Manu Negri


Tove Lo, um anagrama de"love to", é o nome artístico da cantora e compositora sueca Ebba Tove Nilsson. Um breve histórico: a bonitinha começou a ganhar reconhecimento em 2013 com o single Habits (que passei um tempo achando que era Rabbits e me perguntando o que coelhos tinham a ver com a letra), uma música que pegou bastante nas paradas das rádios de vários lugares (você já deve ter ouvido, certeza). No ano seguinte, lançou o EP Truth Serum e o álbum de estréia da carreira, Queen of clouds, que já na primeira semana ficou em sexto lugar na parada de álbuns da Suécia e vendeu 19 mil cópias nos EUA.

Tá, eu sei que estamos no meio de 2015. As músicas nem são mais novidade. Mas ninguém é obrigado a ficar sabendo dos lançamentos tudo na hora né, mores, e é uma oportunidade para quem ainda não conhece essa preciosidade do eletropop. 

Queen of clouds  que vem da sensação de estar flutuando no topo do mundo  conta a história de um relacionamento, do início até o seu fim. Tove Lo separou as faixas em "O sexo", "O amor" e "A dor", que contam cada etapa de tretas do romance: “A paixão no início sempre vai ser a melhor parte dele” é o áudio inicial do álbum. As canções, com suas letras honestas e bem idealizadas, têm arranjos ótimos e me soaram todas extremamente agradáveis. :)


13 agosto 2015

Canções delicinha da malaia Yuna

postado por Manu Negri



Nascida em Kuala Lumpur, a capital da Malásia, e sob influência do pai, Yuna começou a compor aos 14 anos, enquanto eu e você ainda brincávamos de Barbie (você não? Só eu? Sério? Pera). Depois de anos tocando em bares e tentando fazer sua banda decolar, Yuna enfim ganhou sucesso internacional com o EP “Decorate”, em 2008, que foi lançado por uma gravadora americana 3 anos depois graças ao bafafá na Malásia.

Ou seja, sim, Yuna é uma mocinha asiática que já samba nos EUA à procura de uma vida melhor, com participação no Lollapalooza e Bonnaroo e trilha sonora na animação Os Croods. Além disso, também teve música produzida pelo Pharrell Williams, o cara que canta e dança feliz nas ruas da cidade. Estamos apresentadas?

Conheci Yuna faz pouco tempo, mas já a considero pacas: as músicas são muito gostosas de ouvir, meio indie-pop, meio folk, e sua voz suave na nave lembra um pouco Norah Jones e Ellie Goulding com um violão na mão depois de tomar maracujina (forçando a barra só pra vocês concordarem comigo que lembra sim). Ainda falta muita coisa pra explorar, mas as minhas preferidas são Rescue, I wanna go, Decorate e Lullabies. Dá o play aí embaixo e conta o que achou. Depois de dar uma dançadinha na sua cadeira. :)






13 julho 2015

7 bandas da Islândia para a sua playlist

postado por Manu Negri



Além de muito frio, noites intermináveis e casinhas coloridas, é certo que a Islândia tem um cenário musical muito rico. Os estilos são variados, mas muitos artistas trazem suas raízes nórdicas para as canções e criam melodias oriundas de instrumentos variados, o que resulta em uma composição lindamente diferente.

Como percebi que muitas das bandas que eu curto são islandesas, resolvi montar uma listinha pra salvar (ou não) a sua rotina no Spotify de procurar playlists aleatórias (ah, e não, não tem Björk).


Sigur Rós

Formada em 1994, Sigur Rós ganhou notoriedade mundial após o lançamento do álbum Ágætis Byrjun, em 1999, considerado um dos melhores do ano por diversas e importantes publicações sobre música. Eu sou suspeitíssima pra falar, porque Sigur Rós é minha banda favorita de todas as galáxias de todo o universo, mas o som deles de fato não é muito popular.

Suas músicas, classificadas como post-rock (haters chamam de "música de elevador" ou "Orcas cantando"), são famosas pelos elementos do estilo clássico, pela melancolia e pelo som etéreo produzido pela combinação de guitarra e arco de violoncelo, o que acabou caracterizando o grupo. Tentando se enturmar: fizeram parte da trilha sonora de filmes e séries como Vanilla Sky, Mistérios da carne, Sense8, Orphan Black e Game of Thrones.  
“Nós não somos uma banda, nós somos música. Nós não temos a intenção de sermos superstars ou milionários, nós simplesmente vamos mudar a música para sempre, e o que as pessoas entendem por música."
Cantam em: islandês e hopelandic (“esperancês”, um idioma inventado pelo vocalista Jónsi que contém palavras em islandês)



20 fevereiro 2015

O rock fofo do K's choice

postado por Manu Negri



Uma das minhas bandas favoritas da vida é a dica musical de hoje pra você, vizinho que curte um gênero musical que eu classifico como "rock fofo".

Originária da Bélgica, K's Choice é formada pelos irmãos Sarah Bettens (voz e guitarra) e Gert Bettens (guitarra, teclado e voz), Eric Grossman (baixo), Jan van Sichem Jr. (guitarra) e Koen Liekens (bateria) (tem 6 pessoas na foto, não me pergunte quem está sobrando, porque só sei identificar a Sarah e o Gert). Nos anos 90, a banda fez um grande sucesso, principalmente na Europa, e chegou a participar da trilha sonora de algumas séries, como Buffy  a caça vampiros. Em 2003, os integrantes se separaram para seguir projetos pessoais. Faz parte, né? Nesse contexto, Sarah conseguiu alavancar uma carreira solo bacana na Bélgica, mas, em 2009, a banda se reuniu de novo (viva!) e atualmente segue em turnê nas bandas lá de cima, se preparando para lançar um novo álbum: The Phantom Cowboy.





Cocoon Crash, Almost Happy e a coletânea de sucessos de 10 anos de trajetória, mais antigos, têm um lugar guardado no meu coração, mas o recente Echo Mountain também merece entrar na patota. São tantas músicas preferidas que fica até difícil pra mim indicar uma só pra começar. A letra de Always everywhere é linda e fala sobre perder uma mãe, Believe é quase motivacional e Quiet little place é pra ouvir deitadinho debaixo de uma árvore.

Se quiser começar, indico o álbum de sucesso de 1993 a 2003 e fuçar bastante a página deles no Spotify. Bom proveito :)


30 outubro 2014

Banda pra conhecer: Daughter

postado por Manu Negri



Olar, moçada e rapaziada, hoje é dia de dica musical no blog. Se você curte Feist e Cat Power e é chegado num som mais melancólico, provavelmente vai gostar de Daughter.

A banda de indie folk, formada na Inglaterra em 2010 por Elena Tonra (vocal)  que já desenvolvia carreira solo , Igor Haefeli (guitarra) e Remi Aguilella (bateria) é recente, mas já gravou 3 EPs e lançou seu primeiro álbum cheio em março do ano passado, chamado "If you leave".

A voz da Elena é doce e muito gostosínea de ouvir, mas foi o som em si que sequestrou meu core. Talvez o de muita gente, porque em tão tenra idade Daughter já esteve na trilha de seriados como Grey's Anatomy e Vampire Diaries, além de comerciais para o Tour de France e para a companhia aérea norueguesa Widerøe (que é a coisa mais linda!):



Quais músicas indico pra começar: as minhas favoritas, oras bolas. Still, Youth e Shallows.







A banda tem uma conta no SoundCloud, mas eu sempre gosto de recomendar fazer uma busca no Grooveshark e montar sua própria playlist. :)


12 setembro 2014

13 músicas de quem não superou um relacionamento

postado por Manu Negri



Terminou o namoro, não consegue levar a vida normalmente e quer se afundar mais na tristeza? Pode confessar. A gente sabe que, no fundo, você quer. Nós, seres humanos, somos assim, meio masoquistas. Por isso, abra sem medo o pote de sorvete, o pacote de lenços, deite em posição fetal e aperte o play. Faz parte do processo.


06 julho 2014

Pop, eletrônico e a ruivice da Chlöe Howl

postado por Manu Negri



Conheci a inglesa Chlöe Howl nessas minhas andanças pela internet à procura de um motivo pra procrastinar e me vi ouvindo diariamente o seu estilo eletro-pop.

Ah, Manu, mas será que eu vou gostar também?
Vai sim, bobo.

Porque a voz dela é linda (e com sotaque britânico).
Porque dá vontade de dançar na cadeira da escrivaninha.
Porque ela é ruiva.

Chlöe Howl conquistou a atenção da Columbia UK no fim de 2012, ainda na flor da idade de seus 17 anos, com o single "No strings" (que até lembra o trabalho do grupo Foster The People, "Pumped up kicks").

Com seus vocais que dispensam autotunes, numa mistura lindamente possível de Adele, Lily Allen e Katy B, mrs Howl lançou em 2013 as faixas "Rumour", "I wish I could tell you", "How proud", "To my face" e "Paper heart". Neste ano, a música "Disappointed" estreou com uma pegada mais comercial,  conquistando o coração de muitos fãzocos.

Mas como a que eu mais gosto é "Rumour" e quem manda aqui sou eu, vou colocar só esse clipe (risos simpáticos):



Pra saber mais da cantora e baixar cositas más, é só clicar aqui: www.chloehowl.com.