10 abril 2016

O fantástico livro Novembro de 63 e a minissérie 11.22.63

postado por Manu Negri


Novembro de 63 é o meu segundo livro favorito do Stephen King e um dos favoritos da vida. Tijolão, do jeitinho que eu gosto. É por isso que, com muita alegria no coração, me preparei durante dois meses pra assistir à minissérie baseada na obra que estreou em fevereiro, produzida por J. J. Abrams (Lost, Cloverfield e Star Wars – O despertar da força) e com James Franco no papel do protagonista.

Jake Epping é um modesto professor inglês de Lisbon, Maine (sempre, sempre o Maine), que conhece uma fenda do tempo localizada dentro da despensa do restaurante de seu grande amigo, Al. Uma vez que você passa por essa fenda, você é lançado diretamente para o ano de 1958 e pode ficar à vontade por lá, porque cada vez que você retorna só se passam 2 minutos no tempo presente. Al, cansado de transitar entre os dois universos e bastante doente, incumbe Jake de uma importante missão: impedir o assassinato do presidente Kennedy em novembro de 1963.

Ahhh, mais uma história de viagem no tempo, você deve estar pensando. É. Mas não uma viagem qualquer: primeiro, que é escrita com toda a maestria do King; segundo, o contexto, regras das viagens e efeitos borboleta são extremamente coesos e, terceiro, é tudo embasado em muita, muita pesquisa a respeito de acontecimentos reais que só contribuem para que o drama fique bem amarrado, verossímil e envolvente.

Tá bom. Mas, Manu, de 1958 a 1963 são 5 anos. Qual o tipo de linguiça que o autor chuchou aí? Nenhuma, amigos. King tem, mais uma vez, a minha admiração pelo que ele conseguiu construir aqui. Com base nas muitas anotações de Al, Jake teve esse tempo todo para iniciar sua trajetória de se adaptar ao novo (ou melhor, velho) mundo, viver sob nova identidade e vigiar bem de perto Lee Harvey Oswald, o verdadeiro acusado de ser o assassino do presidente. O ex-marine americano que derrotou a então União Soviética voltou para os EUA com sua esposa, a russa Marina, para poucos anos depois deixar sua marca na História.


09 abril 2016

"Caixa de pássaros" é uma cilada, Bino!

postado por Manu Negri


Caixa de pássaros figurou como um dos destaques do Skoob por um bom tempo, mas eu só o incluí na minha meta do ano depois que um amigo (que conhece meu apreço por histórias de suspense) me indicou. Foi amor à primeira lida da sinopse: achei a premissa superintrigante, um livro que tinha tudo pra ser uma obra inesquecível do gênero, escrito por um carinha estreante.

Eu estava certa. É mesmo inesquecível.
De tão merda.

Acompanhe comigo: Malorie tenta sobreviver num mundo pós-apocalíptico sozinha, com seus dois filhos pequenos. Quatro anos antes, o planeta inteiro sofreu um surto bizarro de suicídios, precedidos de comportamentos ultraviolentos das pessoas. Aos poucos, chega-se à conclusão de que essas vítimas teriam visto alguma coisa misteriosa que despertou a reação desmedida. Com isso em mente os assombrando, os sobreviventes arrumavam maneiras de seguir a vida a partir de uma única regra: é proibido olhar pro lado de fora de casa.

Fala sério, sinopse do caramba, não? Li Caixa de pássaros em menos de seis dias, um recorde pessoal que não quebro há MUITO tempo, por dois motivos: 1) é ridiculamente fácil de ler e 2) fui movida por uma curiosidade insana de descobrir o mistério. O problema é quando é fácil de ler porque a narrativa é pobre e você não fica nem um pouco satisfeita com o desfecho da história.


05 abril 2016

TAG: 20 músicas

postado por Manu Negri



Não sou de trazer tags/memes compartilhados na blogosfera, mas achei tão legal esse encontrado no blog Lua Vai que resolvi abraçar o desafio. :D


1. Música favorita: Untitled #4 – Sigur Rós



Música favorita da vida, da banda favorita da vida, como eu já disse aqui. Conheci Sigur Rós em uma época da minha vida em que eu estava descobrindo tudo sobre mim mesma, conhecendo gente maravilhosa, aprendendo, refletindo, e Untitled #4 marcou muito. Quem assistiu Vanilla Sky talvez se lembre dela tocando na última cena.

Curiosidade: o álbum ( ), cujo encarte é completamente isento de textos, contém 8 músicas, todas sem título e cantadas em "esperancês"– um idioma inventado pela banda que mistura islandês com sons aleatórios.


2. Música que mais odeia: Hotline bling – Drake



Difícil encontrar no meu arquivo mental a música que MAIS ODEIO NA FACE DA TERRA. Tem muitas que odeio. Mas, no momento, eu simplesmente não suporto escutar essa do Drake. É tocar na rádio que eu mudo de estação. E o pior é que, mesmo a odiando, ela gruda diabolicamente na cabeça.


29 março 2016

Como eu era antes de você

postado por Manu Negri


Não sou muito chegada em romances, mas acho que posso confirmar com alguma segurança que esse livro de 317 páginas da britânica Jojo Moyes é o melhor que peguei em tempos. Melhor que Um dia e P.S: eu te amo, inclusive, que eu julgava serem insuperáveis na conjuntura da época.

Li Como eu era antes de você com a fúria e a paixão de quem come batatas chips assistindo à Netflix num domingo chuvoso. A caminho do ponto de ônibus, dentro do ônibus, no elevador, na rua, na fazenda e, se eu tivesse uma casinha de sapê, nem ela teria escapado. Ontem, finalmente cheguei ao último parágrafo em meio a lágrimas e a uma certeza sobre quem eu era e o que restou de mim depois de concluir a história de Lou e Will:


          
Fotos reais

Louisa Clark é uma excêntrica moça de 26 anos que está acostumada a viver sua vidinha sem grandes emoções em uma pacata cidade da Inglaterra. Depois que a cafeteria onde foi garçonete por anos é fechada, ela se vê obrigada a arranjar um emprego novo o mais rápido possível. Entre entrevistas e experiências frustradas, ela enfim é contratada pela rica família Traynor como cuidadora de Will, um jovem que teve sua vida movimentada e enérgica interrompida após um acidente que o deixou tetraplégico.


16 março 2016

Noahs: banda indie folk brasileira da boa!

postado por Manu Negri


Noahs é um desses presentes que o Spotify nos dá: conheci as músicas num desses Descobertas da Semana da vida e, como se o som não fosse o suficiente pra me apaixonar, descobri que a banda é brasileira.

Depois de morarem alguns anos em uma cidade do Canadá, os irmãos Murilo e Danilo Brito voltaram para o Brasil, mais precisamente para Florianópolis, se juntaram com Bruno Bastos e fundaram a Noahs. Com letras em inglês, as (até o momento) 5 músicas da banda, do EP Cedar & Fire, têm uma sonoridade muito gostosa, com arranjos de uma qualidade incrível, que me lembraram um pouco The Lumineers.

Juntando-se à guitarra, bandolim, violão e baixo, chegou a bateria do quarto e recente integrante da banda, Felipe Hipólito. O nome, Noahs, veio da percepção de que alguns cantores e bandas que eles curtem trazem animais em seus nomes artísticos, como Boy and Bear e o Sea Wolf. E Noahs, "noés" em português, significa aqueles que acolhem os animais. Bacana, né?

Na fanpage do Facebook, os mocinhos antecipam novidades do próximo EP. Enquanto isso, aproveita que o primeiro lançamento está todo disponível no Spotify e solta o som. Eu gostei tanto dele que não consigo nem indicar uma canção preferida, mas, com algum esforço pensando, vai lá: Catching stars.