Quando conheci Ricardo Darín em O segredo dos seus olhos, ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010, foi amor à primeira vista.
Desde então, comecei a assistir a vários filmes em que ele atuou e, sem brincadeira: todos ótimos. Não é à toa, quando vi que Relatos Selvagens estava entre os que disputavam a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, já comecei a dar pequenos ataques de pelanca esperando o filme chegar ao Brasil.
Aliás, em Cannes ele arrancou aplausos da plateia, geralmente acostumada com dramas mais pesados brigando pelo prêmio principal. É que Relatos selvagens, acho eu, pode ser enquadrado no gênero “humor negro” – acabei de inventar só pra explicar que saí do cinema rindo muito sem precisar sentir qualquer culpa.
O filme, produzido por Pedro Almodóvar (informando só pra gerar um buzz) e escrito e dirigido com muita segurança por Damian Szifron, na verdade são 6 episódios com atores diferentes e histórias diferentes, mas que giram em torno do mesmo tema: vingança.
Apesar de que acho que podemos não limitá-lo simplesmente a uma palavra; Relatos selvagens retrata a bestialidade, o descontrole emocional, as ações e reações que ultrapassam limites em situações que podem acontecer com qualquer um de nós (com exceção da primeira história, absurda demais, mas não menos inteligente e engraçada). Em suma: todos temos um lado selvagem.
Prepare-se para muito sangue nozóio, tiro, porrada e bomba junto com momentos inusitados, humor foda, fotografia foda, ironias e a realidade nua e crua.
Outra coisa interessante e bacana das histórias é que sempre há uma crítica implícita (ou não) a alguma coisa: o cidadão “de bem” e honesto, a burocracia portenha, a política, o relacionamento entre patrões e empregados, a concepção do casamento, etc. E todos os atores estão muito bem em seus papéis; Darín dispensa comentários, mas a desconhecida (por mim) Érica Rivas – na imagem principal do post – brilhou demais no último episódio do filme.
Nota:





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