13 janeiro 2017

La la land é uma preciosidade

postado por Manu Negri


Ontem foi a pré-estreia de La la land, um dos favoritos para entrar na corrida do Oscar. O que posso dizer? É um desses filmes que dá vontade de guardar num potinho, de tão adorável.

Mas, antes, uma confissão: paguei língua.


Sou especialista em tecer comentários requintados no Twitter. Esse foi publicado durante a exibição do Globo de Ouro, quando via La la land abocanhar todos os prêmios que torci para Moonlight levar. E, detalhe: eu não tinha assistido a nenhum dos dois ainda; Moonlight só estreia em fevereiro no Brasil, mas como a gente precisa se agarrar a alguma produção pra deixar a premiação mais emocionante, fui conquistada pelo trailer e pelos fucking 98% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Não que o Globo de Ouro tenha algum valor a não ser o buzz, mas é a primeira vez que um filme ganha 7 estatuetas – incluindo Melhor Filme de Comédia ou Musical. Sim, La la land é um musical, e, apesar de constar 3 musicais na minha lista de filmes favoritos da vida (Moulin Rouge, Chicago e Dançando no escuro), tenho uma pequena resistência a eles. Se você também tem, tente quebrá-la. Não prive-se de passar a sessão inteira assim:



06 janeiro 2017

The OA: uma série problemática que não consegui parar de assistir

postado por Manu Negri


[alerta de SPOILERS!]

The OA, a nova série original da Netflix, estreou em dezembro sem muito alarde, poucos dias depois da plataforma liberar um trailer de menos de dois minutos que não entrega quase nada, mas está recheado de mistérios. Criada pela dupla Brit Marling (que também interpreta a protagonista) e Zal Batmanglij (também diretor), responsáveis por filmes como A outra Terra, A seita misteriosa e O Sistema, e produzida por Brad Pitt, The OA fala pouco de si na sinopse, e com toda razão. Tudo que sabemos é que uma mulher chamada Prairie, após ser dada como desaparecida por sete anos, é encontrada depois de uma aparente tentativa de suicídio e retorna para os braços de sua família. O detalhe é que, ao sumir, Prairie era cega, e agora está enxergando. Ela tem dificuldades de se abrir com as pessoas sobre o que aconteceu nesses anos de ausência, possui cicatrizes bizarras nas costas e se transforma na nova "celebridade" da cidadezinha onde mora, que está alucinada pela sua história de vida.

Com um formato diferente, The OA apresenta 8 episódios com durações que variam entre meia hora e mais de uma hora, com passagens de um para outro mais fluidas do que em séries com que estamos acostumados, dando a sensação de um filme bem longo dividido em capítulos. O primeiro episódio me comprou totalmente. Eu estava completamente eufórica, pulando na cama, pronta pra comprar as alianças e jurar amor eterno à série. Mas, a partir do terceiro episódio, várias coisas começaram a me incomodar de forma irreversível.


02 janeiro 2017

Os (meus) melhores filmes de 2016

postado por Manu Negri


Foram 83 filmes assistidos em 2016 (será que em algum ano eu passo pelo menos dos 100? #juninha). Apesar de os premiados do ano começarem a aparecer só em meados de novembro e dezembro, nós, brasileiros, somos prejudicados porque a maioria deles estreia só a partir deste 2017 (como Moonlight, La la land, Manchester by the sea, Toni Erdmann e Eu, Daniel Blake).

Mas no ano passado e enterrado há apenas 1 dia, fui agraciada com produções sul-coreanas e brasileiras, com invasões zumbi, suspense, drama interracial, um olhar no centro do holocausto e muitos roteiros incríveis. :)

Seguindo a cultura desse bloguinho de anos anteriores, aí vão os 15 melhores filmes que assisti em 2016 (não importando seu ano de lançamento!):



15. ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA STAR WARS, 2016, de Gareth Edwards | Trailer

Enquanto esperamos pelo oitavo episódio da saga, ABAIXA QUE É TIRO (literalmente) com essa história que se passa antes do Episódio IV: Uma Nova Esperança, que narra a missão de um grupo de rebeldes de roubar os planos da famosa Estrela da Morte, a fim de detectar seu ponto fraco e poder destruí-la.

Confesso que até a metade do filme eu não estava dando nada, achando a personagem da Felicity Jones não muito carismática e a química entre o grupo principal fraca, mas aí tudo começou a ficar substancialmente melhor. As últimas cenas são de tirar o fôlego, PRINCIPALMENTE a final. É um ótimo filme de guerra, e acho que o único de Star Wars que parece uma guerra real, talvez pelo forte apelo dramático e pelos sacrifícios e perdas inerentes a confrontos assim. Me senti no campo de batalha.


10 dezembro 2016

Harry Potter e a criança amaldiçoada não empolgou

postado por Manu Negri


Bom, vamos lá: sim, eu sou fã de Harry Potter. Comecei a ler a saga entre os 11 e 12 anos e sou uma orgulhosa membrA da geração que cresceu junto com os personagens. Portanto, a notícia de que viria um oitavo livro, com uma história situada duas décadas depois do sétimo, balançou minhas estruturas. Mas, né, calma lá: como você deve saber, Harry Potter e a criança amaldiçoada não é um romance e muito menos é escrito por J. K. Rowling; na verdade, é um livro com o ROTEIRO de uma peça que entrará em cartaz em Londres em um futuro breve, criado por Jack Thorne e, claro, com o aval da rainha Rowling.

Exatamente por ser um roteiro, foi um pouco difícil pra mim avaliar o que li. Apesar da estrutura possibilitar uma leitura bem leve e fluida, requer um pouco mais da nossa imaginação para construir as cenas na cabeça, já que no palco elas contarão com muitos artifícios visuais. Em alguns momentos eu me perdi em passagens de uma cena pra outra; eu achava que estava acontecendo uma interferência mágica (literalmente), quando na verdade havia passado UM ANO na história, só pra dar um exemplo. Não que seja, ohh, um defeito do roteiro. Provavelmente foi minha lerdeza habitual.

Harry Potter e a criança amaldiçoada começa exatamente na última cena de Harry Potter e as relíquias da morte, quando nossa turma querida está embarcando os filhos para seu primeiro ano em Hogwarts. A história foca em Alvo, caçula de Harry e Gina, e sua amizade inusitada com o filho de Draco Malfoy, Escórpio. Alvo é aquele tipo de personagem a quem você se afeiçoa, mas tem um pouco de preguiça de vez em quando – como aconteceu comigo em relação ao próprio Harry. O irmão, Tiago, nos poucos momentos em que aparece, se mostra um babaca igual ao avô. Já Escórpio, apesar de ter a personalidade um pouco semelhante à do Rony (que acho um porre) (muito polêmica eu), foi o personagem que mais me agradou. Sim, um Malfoyzinho muito do fofo.


28 novembro 2016

Tô na bad por um jogo de videogame

postado por Manu Negri


Vamos começar esclarecendo uma coisa: eu não sou gamer. Os últimos jogos que fizeram parte da minha vida foram The Sims e Super Mario no Wii, pra vocês terem uma ideia. Nem tag pra essa categoria eu tenho pra encaixar a resenha no blog (relevemos, ok?). Por isso que eu me espantei comigo mesma quando me peguei aceitando a sugestão do meu amigo João "Jot" para experimentar Life is strange, um jogo concebido pela francesa Dontnod e distribuído pela Square Enix. Feito para jogar no PlayStation 3, 4, Xbox, Mac (via App Store, por exemplo) ou... tcharam: Windows! Pelo PC, é preciso primeiro instalar o Steam, uma plataforma específica para rodar o jogo, e depois ele propriamente dito. O primeiro episódio é grátis, tipo degustação de pão de queijo recheado em supermercado, feito com a certeza de que a pessoa vai gostar e querer mais. Mas calma que, para jogar o restante dos 4 episódios, custa menos que uma refeição digna no Outback: R$ 36. E vale a pena.

Sim, Life is strange é um jogo episódico, em que cada um dura em média 2h30 para ser concluído. Sei que existem outros jogos na mesma linha, mas eu, n00bie, achei o máximo. E soa como uma série de TV mesmo, com direito a créditos iniciais, tomadas cinematográficas, música de introdução e "Anteriormente, em Life is strange" nos episódios seguintes, recapitulando os acontecimentos mais importantes. E, assim como em uma série cativante, o jogo conta com personagens muito interessantes e uma premissa ótima: em uma pequena cidade da costa norte-americana, chamada Arcadia Bay, vive Maxine "Max" Caulfield, estudante de fotografia da renomada instituição Blackwell. Ela tem 18 anos, é introvertida, geek, insegura, gosta de ouvir suas musiquinha em paz, tem poucos amigos, mas um grande coração. (Pra mim, já bateu aquela identificação inicial, o que foi essencial pro jogo começar funcionando muito bem logo no primeiro episódio.) Num belo dia qualquer, Max vai ao banheiro feminino do colégio e encontra uma borboleta atrás dos boxes. Enquanto ela arma a câmera para bater uma foto, ouve uma voz masculina passar pela porta e, de longe, inevitavelmente assiste a uma cena que vai mudar a vida dela e a de várias outras: o dono da voz, um garoto de família rica de Arcadia Bay, está brigando com uma menina sobre dinheiro e atira em seu abdômen, matando-a. É aí que, num gesto desesperado para tentar fazer alguma coisa a respeito, Max descobre que tem poderes de voltar no tempo.

E todo mundo sabe que mexer com o tempo só dá em uma coisa: merda. Todo mundo viu o que aconteceu com o Ashton Kutcher.