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02 dezembro 2017

O dia em que morri no show do Sigur Rós

postado por Manu Negri

Fotos do post tiradas pelo talentoso amigo Fabricio Vianna
Nesses últimos 13 anos em que esperei por um show da minha banda favorita, imaginei várias coisas. Um anúncio de turnê deles no Acre. Uma rápida aparição em algum desses festivais de música que nunca tenho interesse em ir. Trocentos boatos de uma volta ao Brasil, como aconteceu. E, também, um grande silêncio junto de roteiros de viagem pra Islândia, o que seria minha última aposta pra, um dia, poder ver o trio de perto.

Minha sorte mudou no começo deste ano. Eu não estava preparada pra receber a notícia de um show do Sigur Rós no Brasil, mais precisamente em São Paulo, a uma hora de voo de onde estou. Acho que foi um dos momentos mais empolgantes da minha vida. Meus braços formigaram. Saí da minha sala de trabalho em direção à varanda pra espalhar as boas novas via telefone, quase em lágrimas.

Nunca tive muitos sonhos ambiciosos. Ou melhor, nunca tive muitos sonhos, desses que colocamos como meta pra realizar antes de morrer. Mas ver Jónsi, Orri e Georg juntos a poucos metros de mim era um deles. Minha história com a banda começou na adolescência, quando eu costumava dormir de madrugada escutando música, conversando com amigos no finado MSN, descobrindo coisas sobre o mundo e sobre mim. Quando dei play em Untitled #4, do álbum ( ), foi amor à primeira ouvida. Um tipo de som que eu nunca tinha experimentado antes, tão envolvente e absorvente, que dispensava traduções de quaisquer letras em islandês. Era apenas preciso sentir. Naqueles tempos, em que eu ainda me considerava religiosa, dizia que ouvir Sigur Rós era ouvir Deus cantando.


16 agosto 2016

Kaoma & eu

postado por Manu Negri


É verdade que, quando adolescente, eu tinha poucas ambições na vida. Não pensava muito na minha futura profissão, não tinha nenhuma paixão à vista e não sonhava em dançar valsa em uma festa de debutante pomposa. Meu único desejo, que consumia horas do meu dia em pesquisas, leituras e zapeadas no Animal Planet, era ter um golden retriever. E você, Kaoma, por acaso era um. Há especialistas em pedigree que talvez pudessem ter discordado da pureza do lance, mas eu nunca liguei se sua altura não tinha os centímetros exatos ou se sua pisada não correspondia à da família dos retrievers.

Naquela época, as pessoas não eram tão julgadas quanto a querer ter um cachorro de raça ao invés de adotar um vira-lata. Acho que bicho é bicho e, independente de misturas genéticas, merece ter um lar com donos carinhosos. E o seu esteve repleto de amor antes mesmo de você chegar, porque era com você que eu sonhava.


12 outubro 2015

Feliz Dia das Crianças, vó

postado por Manu Negri


Hoje, 12 de outubro de 2015, ela completaria 102 anos.

Sempre achei engraçado o fato da minha avó fazer aniversário no Dia das Crianças. Isso porque nunca passava pela minha cabeça que, um dia, ela também já foi criança. Eu só a conhecia assim, com os cabelos sempre brancos (mas, as sobrancelhas, inexplicavelmente pretas), os óculos grossos que ampliavam seus olhos, as infinitas rugas, os dedinhos das mãos tortos pela ação da artrite e o seu andar pesado e vagaroso.

Vovó Dina (Geraldina ficava reservado à carteira de identidade) gostava de dizer que era minha segunda mãe. E era mesmo. Deixou sua casinha em João Neiva, interior do Espírito Santo, pra ajudar minha mãe – a biológica – a me criar até os 5 anos, depois que nasci 3 meses antes do prazo e meu pai ainda trabalhava em outro estado.

Dizem que o bem mais precioso que deixamos nesta terra são as lembranças da nossa história para aqueles que amamos. De vovó Dina, tenho a leve suspeita de que me ensinou a gostar mais do que deveria de doce, ao me introduzir nas mamadeiras açucaradas de leite e Nescau que preparava. Lembro-me com nitidez de me comprar uma caixa de chicletes de hortelã com figurinhas de O Rei Leão a caminho do supermercado em João Neiva e do almoço servido depois: bifes acebolados com arroz e feijão; a sobremesa era pudim de leite.  As histórias sobre os antepassados italianos foram contadas mil e uma vezes, entre uma visita e outra, com um orgulho palpável na voz. Lembro-me dos roncos altos (quando dormimos no mesmo quarto por um tempo, cutucava suas costas com uma régua pra ver se amenizava o som), de como gostava de pegar sol na varanda enquanto trabalhava em suas peças de crochê e da confusão que fez quando Kaoma, minha golden retriever, chegou em casa com 2 meses de idade: “afinal essa cachorra se chama Paloma ou Kaloma?"


06 julho 2015

Os a-postos se atraem

postado por Manu Negri


Imagem: Viva Glam Magazine

Ela gosta de cães. Ele prefere gatos.
Ela gosta de balada. Ele, de navegar na Netflix.
Ela curte esportes radicais. Ele gosta de futebol na TV.
Ela ama goiabada. Ele não dispensa um brigadeiro.
Ela reza antes de dormir. Ele cai no sono depois do boa-noite.
Ela gosta de romances policiais. Ele, do Pequeno Príncipe.
Ela é vegetariana. Ele é apaixonado por picanha.
Ela gosta de comédia romântica. Ele prefere um suspense hitchcockiano.
Ela só ouve MPB. Ele aumenta o volume no rock.
Ela gosta do agito de cidade grande. Ele, da calmaria de um fim de semana no campo.
Ela quer conhecer o resto do país. Ele planeja viajar pra outros.
Ela sente cócegas nos pés. Ele gosta de beijos na testa.
Ela vai em manifestações políticas. Ele fica em casa no videogame.
Ela gosta de ler o horóscopo. Ele gosta de saber o resumo das novelas.
Ela gosta dele. Ele gosta dela.
Assim.
Simples.



01 junho 2015

O dia em que uma coxinha quase estragou meu Carnaval

postado por Manu Negri



É provável que viajar de carro e comer sejam duas das coisas mais maravilhosas que a vida nos oferece. É verdade, também, que às vezes elas podem não andar juntas; mas aí, quando descobrimos, já é tarde demais: acabam se transformando numa dessas experiências degradantes que repassamos para as próximas gerações da família.

Era véspera do feriado de Carnaval, uma das festividades de que menos gosto no mundo; mas a perspectiva de ir para o Rio na condição de turista, deixando o samba no pé como última prioridade, parecia perfeita.

O carro com quatro mocinhas partiu antes das quatro da manhã. A estrada fluía sem problemas, o clima estava dentro do esperado e o rádio funcionava normalmente, iniciando uma viagem que prometia só momentos divertidos. No entanto, promessas existem para serem quebradas, e naquele dia esse objetivo fora alcançado com sucesso.


29 abril 2015

Querida eu mesma,

postado por Manu Negri



você tem 14 anos agora e odeia usar óculos de fundo de garrafa, odeia esse aparelho nos dentes e, principalmente, as espinhas. Mas boa notícia: não precisa se desesperar e pular de tratamento pra tratamento porque elas vão sumir uma hora. E sem deixar cicatrizes no rosto. Pode confiar, vai por mim. Quem te garante isso é uma versão de você mesma 14 anos mais velha.

Sem aparelhos e sem óculos, você ainda estranha quando alguém te acha bonita. Não sei se um dia vai concordar com essas pessoas; até o momento, não. Aliás, maquiagem só vai começar a usar de verdade depois dos 20. É, não se assusta: as coisas na nossa vida costumam acontecer depois que já aconteceu pra todo mundo. Mas quem disse que existem regras, né?

Seu gosto pra roupas também melhorou, apesar de você continuar se vestindo como adolescente em grande parte das vezes. Aliás, sobre essa timidez crônica, você deu um grande salto na superação, meus parabéns. Como aconteceu é um mistério. Pode comemorar, mas não tanto, porque ainda tem muito chão pela frente (e falar em público continua ó, uma bosta).

Sabe esse seu sonho de ser veterinária? Esquece. No final do primeiro ano você vai desistir, chutar o balde e descobrir que gostar de animais é bem diferente de cuidar deles. Francamente, você não consegue nem encarar uma injeção por muito tempo, como imaginou que isso ia dar certo? Não, não precisa escolher outro curso agora: você vai ter que estudar esses dois períodos ainda assim. Cada coisa no seu tempo. Não queremos um efeito borboleta, queremos? Além do mais, a partir da turma de veterinária você vai fazer alguns amigos pra vida toda (daqui a uns anos eu mando outra carta pra confirmar isso).

Mas nem tudo são flores. Fases ruins virão, sua vida vai virar de pernas pro ar, você vai perder pessoas que ama e seu coração será quebrado algumas vezes, de diferentes maneiras. Também vai magoar os outros, pisar na bola e se arrepender, mas não vim falar nada sobre como evitar seus erros. Afinal, é preciso aprender com eles. Efeito borboleta, lembra?

Por fim, tenho apenas três conselhos:

1. Seja verdadeira consigo mesma.
2. Pare de tomar tanto Toddynho.
3. Use filtro solar (é sério).


Com amor próprio,
Manu (não é que as pessoas hoje em dia te chamam mais pelo apelido?)

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Livremente inspirado na campanha Dear Me, lançada pelo YouTube para o Dia Internacional da Mulher deste ano.


04 março 2015

Pra aparecer

postado por Manu Negri


Foto: Nora Setiawan

Chegou o prato. Espera, antes de comer, esse vai pro Insta. Precisa aparecer o bife e essa verdura que não sei o nome, mas que tá compondo bem o visual. Depois, uma foto de uma corridinha marota pra equilibrar. Na legenda está 10 km, mas na verdade foi menos da metade. Às vezes nem tem corrida mesmo, só a foto num parque qualquer. Ninguém precisa saber. Desde que apareça o por-do-sol e a marca da Nike na minha legging do outlet. Vem cá, tira uma foto comigo, faz uma cara despretensiosa. Ou caretas, sempre parecem descoladas. Que turminha do barulho, viu. Cansei, quero só selfies agora. Duck face tá fora de moda, mas boquinha entreaberta, não. Sexy sem ser vulgar. Vem, tem que aparecer a marquinha do biquíni; não viajei pra Guarapari e comprei Cenoura&Bronze à toa, né, gente? Pensando bem, selfie não. Tira uma foto minha, mas vou fingir que você não tá tirando foto nenhuma, tá? Tem que aparecer minha tatuagem em cima do cotovelo. A propósito, as férias estão chegando, bora escolher um lugar pra viajar? Pode ser qualquer um, desde que dê pra descansar. Desde que dê pra fazer check-ins cool. Qualquer um que tenha paisagens pra fotos legais. Qualquer um que faça frio e tenha paisagens pra fotos legais. Afinal, tem que aparecer os gorros e cachecóis. Com muitos filtros, até ficarmos irreconhecivelmente lindos nelas. Quê, esse livro que publiquei ontem? Do Nietzsche. Dizem que se pronuncia Níti. Não é que eu tenha lido, era só pra aparecer a capa. Se colar, colou. E hoje, hoje não tá um dia bom: basta que só apareça o meu sorriso falso. Mas nada como comer pra melhorar o humor, vamos pedir um prato? Dá aqui a câmera. Uma salada ou risoto de frutos do mar. Mas tem que aparecer o vinho na mesa. O importante é parecer foda o tempo todo.


28 janeiro 2015

Clichê de família

postado por Manu Negri



Esperei por você tanto tempo. Se for menina, vai se chamar Ana. Se for menino, João. Espero que seja menina. Mas vai ser lindo um menino também.

É menino.

João tá ficando bem parecido com o pai, né?  Vai arrasar corações. Já imagino virando médico. Só pra ficar assim, cara de um e focinho do outro mesmo. Os homens da minha vida.

Coloquei o garoto na aula de bateria. Eu sei, ele queria violino, mas acho bateria tão... forte, diferente. Escreve o que estou dizendo: ele vai me agradecer depois. Por isso e pelas roupas transadas que eu comprei, que é pro João parar de andar feito mendigo. Mora sob meu teto: segue minhas regras.

Corta esse cabelo, João. Tá parecendo veado. Ah, vão raspar quando você passar no vestibular? Tá certo, filho. No curso de quê? Belas artes?! Porra, João, e a medicina que tanto conversamos? Eu sei que a gente tem que ser feliz fazendo o que gosta, mas e o que a família vai pensar, não conta?

João me contou que é veado. Mesmo baterista e de cabelo curto. Depois de tudo o que eu fiz. E pior: tá de namoro firme. Com um tal de Renato, que não quero ver nem pintado. Que desgosto, meu Deus. Acho que minha vida termina aqui.

Nem pense nisso, João. Não precisa sair de casa, meu filho. A gente conversa melhor.  Quer mesmo largar esse gatilho de um futuro brilhante pra cursar teatro e tocar violino no Rio? Com o Renato, ainda? Ah, você quer. Entendo. Sim, entendo. Entendo que você quer é acabar comigo. Imaginei você casando, João, tendo filhos, aumentando a família... é óbvio que eu sei que dá pra adotar, mas e o nosso sangue? Como vou olhar pra uma criança e não enxergar a gente? Francamente, João, olha o rumo que sua vida tá tomando. Não foi isso o que eu sonhei pra você.

Não foi isso o que eu sonhei pra mim.


30 dezembro 2014

Retrospectiva

postado por Manu Negri



...5, 4, 3, 2, 1, feliz Ano Novo! Bora usar amarelo, que é pra atrair dinheiro. Opa, pula aqui comigo essa onda, que é pra dar sorte. Mas pula com o pé direito. Pronto, agora é só esperar. Janeiro é bom, né? A gente volta pra rotina renovado. Não vejo a hora de por em prática as promessas que listei. Olha só pra essa barriga, devo ter engordado uns 7 quilos nesse fim de ano: melhor começar pela academia. Cinco dias por semana. Quê, marcaram churrasco pra amanhã? Bom, não tem problema adiar a dieta pra próxima segunda-feira, tem? É que comer é muito bom, vamos combinar. Bom até demais. Essa picanha tá coisa de doido. Pena que não é lá muito saudável. Vixe, colesterol alto no exame, fodeu. Fo-deu. É, eu sei que prometi parar de fumar, mas no momento preciso acalmar os nervos. Mas a academia vai bem. Quantas vezes? Ah, depende; às vezes 3, às vezes 2 por semana. Ninguém avisou que ia ser difícil manter, sabe? Ando muito sem tempo. Aí bate aquele pensamento de que é melhor aproveitar a vida no presente. De que adianta malhar agora se daqui uns anos a gravidade começa a agir, não é mesmo? Nossa, mas o ano tá passando rápido, menina. Parece que foi ontem que começou. Ainda não deu pra juntar tanto dinheiro quanto pensei, mas mês que vem vai dar pra folgar um pouco. Prometo. Cacete, inacreditável o extrato da minha conta. É cheque especial de novo. Me dá aqui um Marlboro. Ou um pacote de bombons. Para o raio que o parta essa dieta. Brincadeira, segunda-feira que vem eu retomo. Projeto verão ainda tá de pé. Quê, já é dezembro? Ok. Apertado, mas ainda dá tempo. Ou não, o plano da academia venceu. Foda-se. Que essa merda de ano acabe logo de uma vez. Natal tá chegando. Hora de engordar mais 7 quilos. Ano que vem eu malho sério, prometo, prometo, prometo. Vou ter tempo e disposição pra fazer tudo o que quero. Se Deus quiser. Tô sentindo, bem aqui no peito, ó. Ah lá, vai começar a contagem regressiva.

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Esse post faz parte dos memes de dezembro do Rotaroots no Facebook, um grupo de blogueiros que quer resgatar um pouco da blogosfera old school. 


13 dezembro 2014

Travessura

postado por Manu Negri


Foto

Naquele momento, eu só tive uma sensação estranha. Engraçada, eu diria, o que me fez virar a sola do pé e ver o sangue. Foi aí que comecei a sentir dor.


26 novembro 2014

Vagne & Váguin & Vagui

postado por Manu Negri



Ainda não tenho certeza sobre o nome do morador de rua que puxou papo comigo na mesa do bar, mas sei que ele está com o meu pendrive.

Eu e Letícia comíamos nossas batatas fritas com bacon de boa com a vida – talvez não tão de boa, depois de repararmos numas baratas fazendo tour fora do bueiro –, quando ouvimos uma pisada forte no chão bem atrás da gente.


22 setembro 2014

Das cartas que eu nunca te escrevi

postado por Manu Negri



De você, eu tenho os dedos das mãos com as juntas grossas e as unhas redondas. Nos pés, o mesmo formato e tamanho dos dedos, em ordem decrescente (se você contar a partir do dedão). Tenho os mesmo dentes grandes que explodem na boca quando rio de qualquer bobagem na internet, e que não me deixam esquecer nada disso sempre que os vejo refletidos no espelho ao escovar os dentes.


09 julho 2014

Imagina depois da copa

postado por Manu Negri



Só imagina.

É o fim das ressacas, dos expedientes de meio horário, de foto com gringo na rua, dos memes, dos bolões na firma, desses negros maravilhosos, de dizer que o cheque da Dilma era sem fundo. 

É o fim da festa pra muita gente.

O depois da Copa veio depois da goleada da Alemanha.

Depois da Copa é hora de encontrar culpados. Nos craques, na zaga, na estratégia, na malandragem, na sombra do Neymar, no cheque da Dilma. 

Depois da Copa, a bandeira enrolada no corpo com muito orgulho e com muito amor vira cinzas nas ruas.

Depois da Copa, também aprendemos com as torcidas de outros países – sempre juntas de sua seleção, independente de vitórias ou derrotas – que futebol é isso: futebol. Às vezes o time ganha, às vezes perde – mesmo de goleada. E, dessa vez, somos a torcida daquele que perdeu.

Não estamos em campo, mas temos que saber jogar.

O Brasil continua sendo o único pentacampeão do mundo e está entre as 4 melhores seleções do momento. E, independente de placares, mesmo depois da Copa, esta continua sendo a Copa das Copas. 

Então, ao invés de querer apertar o botão reset, é melhor desapertar o pause e tocar a vida.  

Ou será que você, se pudesse voltar ao tempo sabendo do 7x1, escolheria não ter mais Copa?

Eu acho que não.


01 julho 2014

10 impressões de uma capixaba em Belo Horizonte

postado por Manu Negri



É normal notar diferenças e detalhes de um lugar novo quando a gente acaba de se mudar. Não quer dizer que sejam detalhes melhores do que da cidade ou mesmo país em que você estava antes, claro. Mas são outros hábitos, outra cultura, outras pessoas.

No meu caso, saí de Vitória, no Espírito Santo, estou em Belo Horizonte há pouco mais de dois anos e já posso listar algumas coisas que me chamaram a atenção na fase de adaptação.