07 outubro 2016

15 filmes de terror e suspense que você ainda não viu

postado por Manu Negri


Ahhh, dona Manuela, mas eu tô vendo nessa sua lista vários filmes, sim, que eu já assisti.

Tudo bem, pequeno gafanhoto cinéfilo. Isso é possível.

Mas muita gente que só acompanha lançamentos comerciais e indicações de obras que priorizam sangue e jumpscares sem conteúdos pode estar privada de algumas maravilhas da sétima arte, num é mesmo? Aquele filminho que você só encontra no makingoff.org, aquele VHS que nunca chegava na locadora da esquina, aquele independente de baixo orçamento aplaudido por cultos cult.

Tá, parei.

Como outubro é o mês das bruxas, eu resolvi compilar algumas obras de dois dos meus gêneros favoritos, a fim de abrir uns horizontes por aí e fazer a gente ficar tudo feliz.


Cubo (Cube, 1997)


Reza a lenda que Cubo foi a inspiração para a criação da franquia Jogos Mortais.

Esse filme canadense de baixo orçamento (gravado em apenas um único cenário de cerca de 4 x 4 metros) pode até ter atores ruins, uns diálogos pobres e teorias loucas, mas quando assisti eu fiquei verdadeiramente impressionada. Meu cérebro o guardou na gaveta de Filmes de Terror Inesquecíveis, e não pretendo tirá-lo de lá até assisti-lo novamente.

Cubo começa sem qualquer explanação nos apresentando a um homem que acorda em uma sala cúbica com uma porta em cada lado. Ele escolhe uma delas para tentar sair, e acaba entrando em outra sala, idêntica à anterior. Mas nosso personagem não tem muito tempo para perceber o que está acontecendo porque ele é literalmente feito em pedaços por uma armadilha em forma de grade. PÁ, já temos uma cena de impacto e suficiente pra gerar um monte de perguntas na nossa cabeça.

O filme, sem delongas, então nos apresenta à sua história: seis desconhecidos acabam se encontrando em uma dessas salas em formato de cubo sem saber como foram parar lá, muito menos que porra de lugar é aquele. Aos poucos, eles descobrem ser possível passar de um cubo para outro através de comportas; o problema é que alguns deles oferecem armadilhas mortais, criando um labirinto sem fim. Mas, principalmente, eles descobrem que precisam uns dos outros para conseguirem sair vivos.

Cubo ainda ganhou uma sequência e um prequel (Cubo Zero e Cubo 2 - Hipercubo), que não assisti, mas parecem ser aqueles filmes criados pra estragar toda uma sequência. Mas eu não vou omitir informação pros mores, né?


Mártires (Martyrs, 2008)


Mártires figura nessa minha listinha de filmes para não revermos nunca mais. Ou seja, vem coisa pesada por aí.

A primeira parte se passa na França da década de 1970, quando Lucie, uma garota de 10 anos, é encontrada numa estrada, louca e desorientada, depois de ficar um ano desaparecida. No hospital, ela se afeiçoa a outra garota, chamada Anna, que passa a cuidar dela e estreitar os laços de amizade para que supere a experiência traumática que viveu. Na segunda parte do filme, quinze anos depois, Lucie está completamente fora de controle, em busca dos responsáveis por todo aquele sofrimento. A partir daí, ela sem querer acaba envolvendo Anna em acontecimentos com consequências imprevisíveis.

Mártires é bruto, cruel, violento, difícil de assistir, e um dos melhores filmes de terror dos últimos tempos, na minha opinião. Fizeram um remake recente, de 2015, e obviamente me senti tentada a assistir. Bom, não chega aos pés desse aqui (ah, americanos e sua mania de romantizar e amaciar qualquer história), principalmente no final, mas vale dar uma conferida pra ver o que mudaram. E pra xingar.


Ink (2009)


Tenho sentimentos conflitantes em relação a esse filme. A maioria é boa. A minoria ruim se deve ao baixíssimo orçamento, que leva a atuações que deixaram a desejar e a efeitos especiais nada modernos, mas que ironicamente foram responsáveis por me fazer ficar encolhida de medo na cama. A concepção visual de alguns personagens foi tão criativa, apesar da execução meio Super Xuxa contra o Baixo Astral, que até hoje me pego fascinada.

Não sei se posso afirmar que Ink é um filme de terror, mas ao menos tem elementos de terror. Acho que, no fundo, é uma fábula sobre a importância do ser humano de reconhecer seus erros, suas imperfeições e se redimir, tudo através de ótimas metáforas e simbolismos. Ink brinca com pesadelos, universos paralelos, espiritualidade e criaturas fantásticas.

A história: uma espécie de organização fascista, os Incubus, habita o plano astral da humanidade, instigando pesadelos relacionados com humilhação e ressentimentos nos humanos no plano físico. Isso faz dois personagens, simultaneamente nos diferentes planos, serem consumidos pela vaidade e orgulho, colocando em perigo a alma de uma criança raptada pelos Incubus. Ela será defendida por "Storytellers", guardiões dos bons sonhos. Parece louco, não?

Assisti no Youtube há uns 2 anos, mas retiraram o link do ar. Recomendo que fuce outras fontes por aí, não é tão difícil de encontrar.


Alta tensão (Haute tension, 2003)


Mais um francês <3 com mais uma protagonista feminina, que é ninguém menos que a linda da Cécile De France.

Marie e Alexia são amigas e companheiras na universidade. Num final de semana, Alexia leva Marie para a fazenda de seus pais, mas elas não imaginam que um inferno baterá (literalmente) à porta: um caminhoneiro tarado invade a casa da família muito a fim de realizar uma carnificina. Nessa, ele sequestra Alexia, restando a Marie se esconder e conseguir salvar a amiga.

O filme nos apresenta, sim, a muitas mortes chocantes, muito sangue, tensão (como o título sugere, risos), mas com uma revelação que vai te surpreender e mudar toda a percepção da história que você tinha até então.

Algumas pontas soltas, furos no roteiro e incoerências podem te tirar do eixo de atenção depois, mas compensemos nossa mente com os detalhes inteligentes e a fotografia, brincando muito com luz e sombra, que dão pistas no desenrolar das cenas sobre a verdadeira realidade do que está acontecendo.


Medo (Janghwa, Hongryeon, 2003)


Mais um na vibe "as coisas não são bem o que parecem". Falei desse filme sul coreano em uma das edições do Filmes da Semana. Topei com ele depois que alguém me indicou o remake dele, disponível na Netflix, chamado O mistério das duas irmãs. Ainda não vi esse, mas decidi que a obra original deveria vir primeiro. Dirigido por Kim Jee Woon, Medo conta a história de duas irmãs muito unidas que voltam para casa após passar um tempo em um internato. Elas são recebidas de braços abertos pela madrasta, que logo depois se mostra uma mulher cruel. A partir daí, coisas estranhas, sobrenaturais e mutcho loucas começam a acontecer.

Medo foi, como dizem, uma grata surpresa. Achei as atuações de todo mundo, sem exceção, ótimas. O ritmo é um pouco lento, intensificando a atmosfera de suspense e tensão, e, à medida em que a rotina da casa fica cada vez mais confusa ("QUE PORRA É ESSA?"), você entende que tem uma charada pra decifrar.


A aldeia dos amaldiçoados (Village of the Damned, 1960)


Lembra daquele filme das crianças do milharal (baseado em um conto do Stephen King, a propósito), que passava no SBT? Ficou com meda delas? Então se prepara para essas stranger kids de A aldeia dos amaldiçoados.

Um clássico dos anos 1960, o filme se passa em uma pequena cidade da Inglaterra. Num belo dia, todas as pessoas, de forma inexplicável, desmaiam por algumas horas. Dois meses depois do acontecido, todas as mulheres com possibilidade de ter filhos ficam grávidas. Mas, quando as crianças nascem, se revelam extremamente inteligentes, loiríssimas Targaryen articuladas e sombrias.

Li que o enredo se desenvolve de acordo com o contexto histórico e político da época: a insegurança quanto ao presente e a incerteza sobre o futuro durante a Guerra Fria, uma disputa entre duas grandes potências de sistemas político-sociais opostos. Se é isso mesmo, mais um ponto para o filme.

John Carpenter dirigiu um remake em 1995, A cidade dos amaldiçoados, mas não conferi ainda.


Os inocentes (The innocents, 1961)


Falei desse filme também em uma outra lista, sobre filmes em preto e branco.

"Algo estranho e sinistro estava acontecendo naquela casa", pensou Giddens, contratada para cuidar de Flora e Miles, dois irmãos que ficaram órfãos em circunstâncias misteriosas. Com o passar do tempo, Giddens acredita que existe alguma coisa escondida nas trevas da mansão, fazendo com que as crianças tenham um comportamento muito assustador.

Baseado no óoootimo livro de Henry James, chamado "A volta do parafuso", e roteirizado por Truman Capote, Os inocentes é um suspense/terror psicológico dos bons. Ambientado na Inglaterra vitoriana, tem na estética em preto e branco uma grande aliada para criar um visual bastante sombrio e meio gótico. Destaque para as atuações das crianças, principalmente do ator que interpreta o Miles (que também foi uma das crianças de A aldeia dos amaldiçoados), e para a trilha, que é de arrepiar os cabelim do braço. Lembro até hoje de uma cena que me GELOU A ESPINHA como nenhum filme de terror moderno conseguiu fazer. Curiosidade: serviu de inspiração para o filme Os outros, aquele com a Nicole Kidman.


Morte ao vivo (Tesis, 1996)


Ótimo filme espanhol que toca bem naquele assunto "adoramos assistir a desgraças e violência reais, só não admitimos", deixando isso claro logo na primeira cena. Ângela, uma estudante de comunicação, está indo de metrô para a faculdade quando é obrigada a interromper a viagem depois que uma pessoa se atira nos trilhos e é atropelada. A segurança da estação ordena que os passageiros passem pelo corredor sem olhar para o corpo, mas Ângela, movida pela tal curiosidade mórbida, avança para tentar enxergar alguma coisa. Quando ela finalmente está a 1 cm de conseguir isso, um policial a puxa abruptamente, recolocando-a na fila.

Das duas, uma: ou você também vai acompanhar o olhar dela, ou vai tampar os olhos com a mão. Pra tentar enxergar entre os dedos.

Ângela está no meio do desenvolvimento de sua tese (Morte ao vivo originalmente se chama Tesis, inclusive), cujo tema é filmes "snuff" - aqueles em que são exibidas imagens reais de pessoas sendo mortas (lembra daquele Faces da morte que sua mãe não te deixava alugar? Então). Eis que um belo dia ela descobre que seu orientador morreu após assistir a uma misteriosa fita, no auditório da faculdade. E o que era a fita? Justamente um filme snuff, que gravou a morte de uma ex-estudante de lá. Decidida a investigar a identidade de quem fez aquilo, Ângela conta com a ajuda de Chema, um aluno de sua classe.

Prepare-se para ser enganado o tempo inteiro.


Audition - O teste decisivo (Ôdishon, 1999)


Mais um terror japonês. Audition é um filme que eu recomendo que você assista, de preferência, parando de ler por aqui. Quanto menos você souber, melhor.  Mas, se quiser seguir, tudo bem; não dou spoilers “graves”. :P

A princípio, ele se parece mais com um romance qualquer: Ayoma, um homem viúvo há 8 anos, é pressionado por seu filho a encontrar uma nova namorada. Com a ajuda de um amigo, ele realiza uma audição com jovens atrizes para um papel num filme, mas na verdade é só um pretexto pra ele selecionar a pretendente ideal. Nessa, ele se encanta por Asami, uma mocinha meiga e delicada com um passado sofrido. À medida que os dois se encontram e conversam, ambos ficam mais apaixonados. O negócio é que Asami começa a se comportar de uma forma ~meio estranha~, e aí sim Audition vai mostrando as garrinhas.

O primeiro ato é bem lento, feito pra desenvolver os personagens. Já no segundo, o filme se transforma em um pesadelo surreal a la David Lynch, com cenas de gore que me fizeram tapar os olhos, mas sem tentar enxergar pelos dedos (hihi). O lance é que muita gente que fez uma análise de Audition toca no ponto da crítica à solidão humana e/ou à misoginia fortíssima do patriarcado japonês. Ou o próprio filme é criticado por ser misógino. Eu não cheguei a nenhuma conclusão, então VAI QUE É TUA.

"Kiri, kiri, kiri, kiri!"


Eu vi o diabo (Akmareul Boatda, 2010)


Indicando mais uma vez esse filme porque sim (ele também entrou em um dos Filmes da Semana). Talvez Eu vi o diabo nem seja terror, talvez nem seja suspense ou talvez se enquadre apenas como uma versão coreana do estilo Tarantino de ser. Só sei que é preciso preparar o estômago pra muito, MUITO sangue e violência.

A história é: a noiva de um agente secreto é morta por um serial killer. Cego pela fúria, ele começa a investigar os possíveis suspeitos do crime, até finalmente identificar o culpado. Mas, ao invés de matá-lo, resolve pôr em prática uma terrível e lenta vingança. Ahhh, que delícia. Só que o assassino não é burrinho, e também vai fazer nosso mocinho sofrer um pouco, principalmente emocionalmente falando. A direção é um primor, a trilha e fotografia são ótimas e o final traz uma tristeza e melancolia muito coerentes com o desenvolvimento da vingança, mesmo dentro de um ritmo intenso de crueldade.

É difícil esquecer a cena do táxi depois.


O orfanato (El orfanato, 2007)


Oh, Deus, eu amo esse filme. E amo Guillermo del Toro, o produtor. E Belén Rueda, a atriz principal.

O orfanato é até bastante conhecido, mas penso que deveria ser muito mais. Quando assisti, há alguns anos, lembro que fiquei encantada porque achei uma mistura perfeita de drama e terror. Foi mais ou menos na mesma época em que meu cérebro adicionou O labirinto do Fauno na gavetinha de Favoritos, outro filme que eu não soube dizer a que gênero pertence.

O orfanato conta a história de Laura, uma mulher que passou os anos mais felizes de sua vida em um orfanato, onde recebeu os cuidados de uma equipe e de outros companheiros órfãos, a quem considerava como se fossem seus irmãos e irmãs verdadeiros. Agora, 30 anos depois, ela retornou ao local com seu marido Carlos e seu filho Simón, de 7 anos. Ela deseja restaurar e reabrir o orfanato, que está abandonado há vários anos. O local logo desperta a imaginação de Simón, que passa a criar contos fantásticos. Entretanto, à medida que os contos ficam mais estranhos, Laura começa a desconfiar que há algo à espreita na casa.

O final é surpreendente, LINDO, e a trilha sonora é maravilhosa, dessas que dá vontade de deixar tocando no mp3 (eu ia falar rádio, mas soaria meio antiquado). Se quiser ouvir só uma música, escolhe a Reunión y final, aqui.

P.S: o Seu Barriga está no elenco.


A espinha do diabo (El espinazo del diablo, 2001)


Falando em del Toro, esse é um filme dirigido por ele, em 2001. E com mais um orfanato na história.

Antes que você, pequeno gafanhoto cinéfilo, me diga que A espinha do diabo não é terror coisa nenhuma, eu... talvez concorde. Será? Um suspense? Ai, ai, ai, Guillermino, você nos deixa confusos. Fantasia? Ah, assiste e me conta o que achou.

O filme começa nos perguntando o que são fantasmas, e termina com a mesma pergunta. Durante a Guerra Civil espanhola, um menino de 12 anos é deixado em um orfanato, onde é recebido com hostilidade e violência pelas demais crianças e por um funcionário. Lá ele recebe a visita do fantasma de um menino que foi assassinado na instituição e que deseja que ele execute sua vingança. Uma outra visão do lado sobrenatural do terror.


O corpo (El cuerpo, 2012)


Olha a Belén Rueda aí de novo! Aqui é assim, uma cousar puxa a outra.

Vou ser breve aqui, porque não dá pra falar muito da trama sem jogar spoiler, e O corpo merece ser visto sem que haja qualquer interferência que atrapalhe a experiência.

O corpo de uma mulher desaparece misteriosamente do necrotério sem deixar qualquer vestígio. O Inspetor Jaime Peña, então, passa a investigar o estranho acontecimento com a ajuda de Alex Ulloa, o viúvo da mulher desaparecida.


Crimes temporais (Los cronocrímenes, 2007)


ALERTA DE FILME MINDFUCK.

Se você tem preguiça de longas assim, tipo Amnésia, Donnie Darko e Cidade dos sonhos, pode pular pro próximo da lista.

Crimes temporais é uma ótima produção de baixo orçamento (again, rs), contando somente com quatro atores, quatro cenários e uma criatividade sem fim no roteiro, construindo um suspense predominante.

Sinopse: Héctor, um homem de meia idade, entra acidentalmente em um dispositivo que o faz viajar no tempo (sim!!!!1) e retornar uma hora antes. Isso o faz encontrar a si mesmo (sim!!!1), desencadeando situações com consequências incontroláveis.


A profecia (The omen, 1976)


Esqueça aquele filme lançado em 06/06/06 (ai, que meda!) pra fazer buzz. Aquilo é um remake desse aqui. ESQUEÇA AQUELA MELDA.

A profecia, a trilogia original dos anos 1970, é um clássico do terror baseado no livro de David Seltzer (e muito superior a essa versão podre de 2006) que conta a história do nascimento e crescimento do Anticristo.

Quando Kathy Thorn dá à luz um bebê que não sobrevive, seu marido Robert decide protegê-la da devastadora verdade e substitui seu filho por um órfão, que eles batizam de Damien. E esse órfão é ele mesmo, o tinhoso. O horror se inicia no quinto aniversário de Damien, quando sua babá comete um dramático suicídio. A partir daí, rola muita desgraça, muitas cenas memoráveis, até Robert entender que seu filho é o Anticristo da profecia bíblica e desbirocar.

Uma das coisas que mais gosto desse filme, ao contrário do remake, é que o garotinho que fez o papel de Damien era bem novinho e tinha uma mega carinha de anjinho. Isso fez tudo o que acontecia em cena parecer muito mais perturbador. E o take final é incrível, principalmente porque rolou uma coisa que não estava no roteiro.

Os outros dois filmes da sequência mostram, respectivamente, a adolescência de Damien (quando ele descobre quem é e qual a sua missão) e sua vida adulta, mas achei um cadim fracos se comparados ao primeiro volume.

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Bom, é isso! Espero que você tenha gostado. Pode ter certeza que uma "Parte II" desse post virá em um futuro não muito distante. ;)

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