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10 janeiro 2015

Mommy: a obra-prima de Xavier Dolan?

postado por Manu Negri



Comecei a acompanhar mais de perto (se assim podemos dizer) as premiações mundiais do cinema de uns tempinhos pra cá e, quando vi quais filmes do Festival de Cannes arrancaram lágrimas, palmas (de ouro ou não, risos) e elogios do público, prestei atenção. Mommy foi um deles.

Além de ter sido ovacionado por mais de dez minutos depois da exibição, o filme levou pra casa o Prêmio do Júri. Foi quando o incluí na minha lista para assistir, roguei aos deuses para que chegasse logo aos cinemas e, muitos meses depois, o ingresso estava na mão. Posso dizer que poucas vezes minhas expectativas, que já são altas quando se trata de sucessos de crítica, são alcançadas. Nesse caso, foram superadas. E só quem me conhece sabe o quão insuportável eu posso ficar quando me apaixono por um filme.

A história de Mommy se passa num Canadá fictício, quando foi promulgada uma lei permitindo que pais de filhos problemáticos pudessem abandoná-los aos cuidados do governo. Diane Després (Anne Dorval), a Die, é mãe de Steve (Antoine-Olivier Pilon), um adolescente com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), inquieto, impulsivo e explosivo que, às vezes, pode oferecer perigo a outras pessoas. Nesse contexto, Steve é expulso do internato onde vive e precisa voltar a conviver com Die, que decide cuidar sozinha do filho em meio a dificuldades financeiras e emocionais. Enquanto tentam sobreviver, a nova vizinha da casa da frente, a tímida Kyla (Suzanne Clément), se envolve com os dois e, juntos, encontram um novo caminho para a esperança.


23 dezembro 2014

Os (meus) melhores filmes de 2014

postado por Manu Negri



Que eu sou cinéfila, não é segredo. Que eu troco fácil uma balada por cinema, também não. Ou talvez seja. Mas agora não é mais.

O que importa é que, neste ano, assisti ao todo (apenas) 80 filmes. E como você sabe disso, Manuela? Você é doida e fica anotando num caderninho tudo o que assiste? Mais ou menos. Como existe rede social pra tudo nessa vida, lhes apresento o Letterboxd: lá, é possível marcar os filmes vistos, os desejados, montar listas, dar nota, comentar, fuçar o que os amigos andam assistindo e, principalmente, montar um diário de filmes. Existe outra rede social semelhante, o Filmow, em português, porém sem a funcionalidade do diário.

E, em 2014, foram novos filmes incríveis paro check-list do meu coração. Compartilho com vocês os 15 melhores, enfatizando que foi bem difícil escolher. Muito. Do tipo bastante. Criar um ranking, então, vish.


07 novembro 2014

Mais uma boa do cinema argentino: Relatos selvagens

postado por Manu Negri



Quando conheci Ricardo Darín em "O segredo dos seus olhos", ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010, foi amor à primeira vista. Desde então, comecei a assistir a vários filmes em que ele atuou e, sem brincadeira: todos ótimos. Não é à toa que, quando vi que "Relatos Selvagens" estava entre os que disputavam a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, já comecei a dar ataques de pelanca vergonhosos esperando o filme chegar ao Brasil.

Aliás, em Cannes ele arrancou aplausos da plateia, geralmente acostumada com dramas mais pesados brigando pelo prêmio principal. É que "Relatos selvagens", acho eu, pode ser enquadrado no gênero "humor negro"  acabei de inventar só pra explicar que saí do cinema rindo muito sem precisar sentir qualquer culpa.  O filme, produzido por Pedro Almodóvar (informando só pra gerar um buzz) e escrito e dirigido com muita segurança por Damian Szifron, na verdade são 6 episódios com atores diferentes e histórias diferentes, mas que giram em torno do mesmo tema: vingança. Bom, também podemos não limitá-lo simplesmente a uma palavra; "Relatos selvagens" retrata a bestialidade, o descontrole emocional, as ações e reações que ultrapassam limites em situações que podem acontecer com qualquer um de nós (com exceção da primeira história, absurda demais, mas não menos inteligente e engraçada). Em suma: todos temos um lado selvagem. Prepare-se para muito sangue nozóio, tiro, porrada e bomba junto com momentos inusitados, humor foda, fotografia foda, ironias e a realidade nua e crua.      


12 outubro 2014

A Coisa, de Stephen King

postado por Manu Negri



Quando digo que A Coisa é o meu livro favorito, muita gente estranha. "Ué, mas tem palhaços, você tem medo de palhaços. E é um livro de terror."

É difícil mesmo pensar em outra coisa quando lemos a sinopse. "O ano é 1958, e algumas crianças da cidade de Derry começam a desaparecer. Um grupo de amigos percebe que um ser monstruoso, que assume várias formas, especialmente a de um palhaço, é o responsável pelos assassinatos. Juntos, eles se unem para combater a criatura, jurando que, se algum dia ela voltar a Derry, eles deverão se unir novamente para por um fim definitivo ao seu reinado de horror."

Li A Coisa pela primeira vez há mais de 10 anos, quando o livro estava quase entrando para o mundo das raridades (a ser vendido por mais de 100 reais em sebos), e tive a oportunidade de reler há pouco tempo, na edição com nova tradução lançada pela Suma de Letras. Aí pude constatar novamente: "que linda jornada". Stephen King é conhecido como o Mestre do Horror, mas acredito que A Coisa é considerada sua obra-prima (junto com A dança da morte, outro romance incrível) não pelos sustos que a gente leva, mas por se tratar de uma história épica que mistura debates que vão muito além de um palhaço serial killer de crianças. É um drama/fantasia brilhante sobre o poder da amizade.


03 outubro 2014

Boyhood: o filme que durou 12 anos

postado por Manu Negri



A estreia do tema Cinema pra você ler aqui rapidão é com Boyhood - Da infância à juventude, filme que está sendo exibido no Festival do Rio 2014 e que ficou famoso por ter demorado 12 anos para ser concluído, já que o objetivo do diretor Richard Linklater (da trilogia Antes do amanhecer) era justamente mostrar os atores envelhecendo naturalmente.

Vencedor do Urso de Prata em Berlim, o longa faz uma viagem pela infância do menino Mason (Ellar Coltrane) e mostra as mudanças que acompanham sua vida, dos 6 aos 18 anos de idade, do primário à entrada na faculdade. Não pretendo contar detalhes cruciais da história, mas, em todo caso, TEJE avisado se encontrar spoilers inofensivos.

O filme abre com Yellow, do Coldplay, enquanto somos apresentados a um Mason criança contemplando o céu (Look at the stars, look how they shine for you), já sugerindo uma curiosidade e reflexão em relação ao mundo. Boyhood entrou para a história do cinema não por causa de um roteiro genial ou de atuações inesquecíveis, mas por retratar uma jornada sobre o amadurecimento através de personagens (junto de seus intérpretes) que vão ganhando altura, espinhas e linhas de expressão diante do nosso olhar. E não é nessa simplicidade que reside o fantástico da coisa toda? A vida por si só é fantástica, e neste filme ela é representada de uma maneira deliciosamente honesta.


20 julho 2014

10 grandes filmes que não queremos ver de novo

postado por Manu Negri



Não é porque eles são chatos, trashs ou longos demais. Pelo contrário. Aqui, entram filmes controversos e que fizeram críticos bater palminhas de pé, mas que podem te deixar deprimido, angustiado ou perturbado o bastante pra não querer assistir de novo por um longo, longo tempo.