22 outubro 2017

LIFE IS STRANGE - BEFORE THE STORM: episódio #2

postado por Manu Negri


De volta, amiguinhos gamers, com o segundo episódio do prelúdio de Life is strange depois de quase 2 meses de espera. Isso não se faz com uma pessoa que sofre de ansiedade generalizada.

Brave new world se passa no dia seguinte ao dia ocorrido no primeiro episódio, como esperado, diante da mesa do diretor Wells, no meio de uma situação delicada que definirá o futuro de Chloe ou de Rachel, dependendo obviamente das suas escolhas como jogador. Acontece que a Blackwell está ciente do comportamento controverso da Chloe e da matadura de aula de ambas, acarretando na expulsão ou suspensão dela, levando ou não Rachel a participar da peça de teatro que acontece à noite.

Bom, não sei o que você fez, mas euzinha resolvi tomar pra mim (digo, Chloe) toda a culpa do ocorrido e fui (digo, ela foi) expulsa da escola - algo que aconteceria de qualquer forma, como está claro em Life is strange, porém não exatamente nesse período - levando a uma cena muito legal de pichação enfurecida no banheiro feminino (imagem ali em cima), amplificada pela canção No care, da Daughter. Uma sensação gostosa e dolorosa de nostalgia quando relembramos todas as pichações pelas quais a Max passou no jogo original e quando pensamos, também, que é nesse lugar  que Chloe é baleada pelo Nathan.


02 outubro 2017

5 filmes pra assistir neste feriado!

postado por Manu Negri


Olha o feriadinho chegando aí, geeeente! DUM TSSKIDUM TSSKIDUM TSSKIDUM [inserir mulata sambando nessa onomatopeia de samba]

Pra quem é criança sai desse blog, dia 12 de outubro é pra tomar sorvete e gritar com os pais em loja de brinquedo exigindo aquela pelúcia de 300 reais. Pra quem é adulto e a firma não emendou o feriado, demita-se é uma boa oportunidade pra ficar aconchegado no edredom com o crush assistindo a um filminho. Se emendou, melhor ainda: quer dizer que você trabalha num lugar legal e vai ter tempo suficiente pra assistir a mais de um filminho!

Por isso, se liga nesse post com 5 dicas de filmes que eu adoro pra você conferir – e nem precisa sair do lugar, porque todos estão disponíveis no NET Now. ;) #publipost


27 setembro 2017

A GHOST STORY: um dos filmes mais bonitos que já vi

postado por Manu Negri


A ghost story é uma história humana sobre um morto assombrado pela vida.

Neste filme lindo e delicado como poucos que vi nos últimos tempos, dirigido por David Lowery, Casey Affleck (Manchester à beira-mar) e barbiezinha Rooney Mara (Carol) são um casal apaixonado que mora numa casinha aconchegante de uma cidadezinha tranquila. Em um dia qualquer, como grande parte das coisas da nossa vida que nos pegam de surpresa, o personagem de Casey (que não possui nome, assim como o de Rooney) morre em um acidente de carro. Porém, incapaz de deixar esse plano terreno, seu fantasma volta para vagar no lar que dividiu com a amada.

Um fantasma, assim como na foto, do tipo que a gente assistia em desenho animado quando criança.

Aquela velha ideia de histórias de fantasmas, geralmente sob a ótica do terror, é subvertida aqui em uma visão emocionante, sensível e angustiante dentro do molde clássico do espírito atormentado e apegado a um determinado lugar. A apresentação do filme em formato 1:33:1 (como uma TV), com as bordas arredondadas, me remeteram diretamente àquelas pequenas fotografias antigas - como Polaroids -, a memórias que guardamos conosco (ou das quais nos tornamos prisioneiros), ajudando a construir um clima sufocante de silêncio, perda e solidão. Em A ghost story, os silêncios gritam. O luto está lá, gritando junto desta claustrofobia, fazendo com que uma cena da personagem Rooney comendo compulsivamente uma torta inteira durante cinco minutos pareça a coisa mais linda e triste do mundo.


23 setembro 2017

Mamãe do céu, vamos falar de "mãe!"

postado por Manu Negri


Depois de imergir os pezinhos em sais e dormir uma noite honesta de sono, acho que é hora de falar de mãe!, novo filme do meu querido Darren Aronosfky que merece ser apreciado, absorvido e debatido depois de esfriar um pouco a cabeça.

Coisa que geralmente não faço, pois, de ansiosa e fogo no brioco que sou, saio da sessão e:

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Mas mãe! (assim mesmo, em minúsculo, com exclamação) é uma loucura generalizada que só te deixa respirar quando os créditos sobem. Foi, de fato, preciso algum tempo para poder assimilar tudo (ou melhor, grande parte) que estava em tela. Habituado a retratar a degradação da estrutura psicológica/emocional humana, como fez muito bem em Réquiem para um sonho e Cisne Negro, Aronofsky repete a dose aqui (e quando digo repetir, não é fazer igual) com sua protagonista interpretada por Jennifer Lawrence, dentro dos moldes de um horror movie. Submissa e doce, ela vive sua rotina cuidando impecavelmente da casa que divide com o marido poeta (vivido por Javier Bardem) no meio de uma área verde, enquanto ele tenta escrever sua segunda e desejada grande obra. Num belo dia, a paz entre eles é prejudicada pela chegada de um desconhecido (Ed Harris), que pede estadia ali por um tempo. A partir daí, J-Law vai entrar numa montanha-russa de emoções junto do público.

A sinopse é suficientemente misteriosa. E, se antes eu achei que o trailer (ao fim deste texto) talvez entregasse demais, eu não poderia estar mais enganada: nenhum dos dois mostra 10% do que o filme significa.


07 setembro 2017

IT - A Coisa: a adaptação que a obra-prima de Stephen King merecia

postado por Manu Negri


Depois de cerca de 3 anos aguardando esse filme desde o anúncio de sua produção, ENFIM CHEGOU A HORA, MIGOS! Afinal, meu livro favorito de todos os tempos merecia uma adaptação decente, ao contrário da minissérie lançada em 1990 que consagrou o Pennywise de Tim Curry.

Mas, como comumente ocorre entre obras e suas adaptações, os livros tendem a ser mais densos. Aqui, essa regra não foge à exceção. A história de A Coisa se prolonga por cerca de 1.000 páginas e, ainda que esse filme seja longo e conte apenas a primeira parte do livro, é difícil repassar em tela todas as suas nuances. Além da nossa imaginação ser muito poderosa, a atmosfera que Stephen King constrói é maravilhosamente única: ele transforma uma cidade em um personagem, a ponto de praticamente traçarmos um mapa de todos os seus cantos, e apresenta com riqueza o universo de cada membro do Clube dos Perdedores.

Portanto, não: essa nova adaptação, do diretor Andy Muschietti (de Mama), não é cinco estrelas. Acho que, no fundo, eu nem estava esperando isso. Mas, felizmente, ela conseguiu captar o ponto mais importante do livro pra mim, que está muito acima do terror e do próprio palhaço: a relação entre as crianças protagonistas, que resistem aos problemas familiares, bullying, opressão e desajustes através da amizade que constroem.