Sabe o conceito de "chegar chegando"? Foi o que Arcane fez ao entrar no catálogo da Netflix em novembro e, no mesmo dia, desbancar nomes como Round 6 como série mais assistida, tomando o lugar do TOP 1 em 38 países. Foi assim que, quase instantaneamente, se tornou a maior estreia da plataforma (na data de publicação deste texto), colecionando milhões de plays.
Essa explosão de sucesso começou pelo fato de que Arcane é baseado no universo do game League of Legends, distribuído de forma online e gratuita. Nessa, imagine quantos jogadores e fãs existem ao redor do mundo. E, desde seu lançamento, em 2009, o game só vem se expandindo, ganhando competições globais em transmissão televisiva e até apresentações musicais. Negócio de outro mundo.
Eu, que só tinha ouvido falar do game (e nem vou jogar, porque definitivamente não é minha praia), não botei muita fé a princípio. Além disso, confesso que fiquei com preguiça por ser série de animação. Acho que, inconscientemente dentro do meu preconceito, encarei a obra como uma provável experiência entediante. Shame on me, eu sei; logo eu, que digo pra não julgar uma obra pela "capa", né? Mas, para o meu prazer, graças a certas insistências de certas arrobas, eu dei o play no primeiro episódio e, após seus 45 minutos, já estava totalmente entregue.
Arcane é ambientada na subterrânea e esquecida Subferia e na próspera região de Piltover, que vivem numa guerra civil. A história gira em torno de duas irmãs, Vi e Powder, que precisam sobreviver em meio à pobreza da periferia sombria enquanto a "Cidade do Progresso" avança em descobertas científicas capazes de mudar o futuro da região.
Mas algo trágico acontece, que irá separar as irmãs por longos anos e trazer consequências duras para os povos do lado alto e da cidade baixa.